domingo, 9 de dezembro de 2012

Carlos Albano, verão de 1974

Carlos Albano, Fonseca e Costa
e Rui Mingas. Fotos: arquivo O Marchador,
CN Alvito e ANGOP.


Enquanto em Roma decorria mais uma jornada dos XI Campeonatos Europeus de Atletismo, em Silgueiros, uma aldeia do distrito de Viseu, um jovem a caminho dos 30 anos estava de visita a casa de um familiar. O visitante era Carlos Albano; o visitado era Fonseca e Costa, já nessa altura um treinador credenciado. Com eles, além de outros familiares, encontrava-se Rui Mingas, conhecido cantor angolano, mais tarde embaixador de Angola em Lisboa.

Como “em Roma sê romano”, em casa de Fonseca e Costa estava a assistir-se à transmissão televisiva de mais uma jornada dos Europeus. Eis senão quando no ecrã aparecem marchadores que terminavam uma das provas. Nesse ano, brilharam nomes como os do soviético Vladimir Golubnichy e dos alemães Bernd Kannenberg e Christoph Hohne. Talvez algum deles tivesse sido quem atraiu as atenções de Carlos Albano, que quis saber o que aquilo era.

Fonseca e Costa e Rui Mingas trataram de explicar-lhe que se tratava de marcha atlética, uma disciplina olímpica do atletismo. E foi logo ali na sala que Carlos Albano experimentou aquela técnica nova, mal sabendo os presentes que mesmo à sua frente se estava a “estrear” uma das figuras que fariam história na marcha portuguesa por vários anos.