domingo, 22 de maio de 2016

Augusto Cardoso – das alturas para a marcha atlética

Augusto Cardoso em Pequim-2008.
Augusto Cardoso, Pintor de Gruas há 25 anos, agradeceu, na sua página de Facebook,  toda a colaboração que os seus chefes e colegas de trabalho lhe prestaram, possibilitando facilidades para desenvolver o seu trabalho na marcha, enquanto atleta.

É um dos mais qualificados marchadores portugueses de todos os tempos. Nascido em 1970, iniciou a sua carreira desportiva, enveredando pelo atletismo, aos 12 anos de idade, recomendado por professores da sua escola, que viram no então jovem atleta muitas potencialidades depois de ganhar provas escolares de corta-mato.

O Atlético Clube Alfenense, a agremiação que geograficamente mais perto distava da sua residência foi a escolhida para, com dedicação, e nas palavras do próprio Augusto Cardoso, na entrevista concedida a Maria Teresa Lopes, da Rádio Jornal Rio Bravo Online, com “dureza e sofrimento”, acompanhá-lo nos trilhos do caminho do sucesso na especialidade.

Trabalhando arduamente desde os 14 anos de idade na empresa na qual ainda hoje é empregado, foram muitas as vezes em que chegava a casa esgotadíssimo mas, lá ia ele, invariavelmente, dia após dia, ou melhor, noite após noite, treinar ao campo do Alfenense, com uma atitude que sempre o caraterizou: espírito de sacrifício e força de vontade.

Grato, não esquece um companheiro da vida - José Magalhães, o seu treinador, com quem trabalhou mais de 30 anos, considerando-o um segundo pai. Em jovem, nos primeiros tempos de prática desportiva, Magalhães convencia a mãe de Augusto a deixá-lo treinar, invocando potencialidades para a marcha atlética. Sabe, e afirma-o, repetida e publicamente, que foi graças ao grande campeão nacional (Magalhães foi um especialista de 50 km marcha) que chegou onde chegou.

Representou Portugal 34 vezes, a primeira das quais em 1988, na Corunha, por ocasião de um Encontro Internacional de Seleções que envolveu a participação de oito países europeus, competindo na prova de juniores, sendo ainda juvenil. O momento de maior significado, e que o é para atletas, treinadores e oficiais, surgiu em 2008, com a chamada a uns Jogos Olímpicos, os de Pequim, na República Popular da China.

De permeio, ressalta a qualidade do contributo dado às seleções nacionais em Taças da Europa e do Mundo de que foi parte ativa nas posições de finalista (oito primeiros) que o país conquistou, num deles roçando a medalha de bronze, de que constituem exemplos a Taça da Europa de 1998, 2005, 2007 e 2009, e as Taças do Mundo de 1999, 2002, 2006, 2008 e 2010.

A Augusto Cardoso, um muito obrigado e bem-haja!