quarta-feira, 22 de junho de 2016

Schwazer de novo nas malhas do doping

Schwazer em Roma, antes da prova e no pódio, com Alfio Giomi.
Fotos: LaPresse-Eurosport e Getty Images-Tullio M. Puglia
Montagem: O Marchador
O principal diário jornal desportivo italiano “Gazzetta dello Sport” dá grande relevo, na sua edição de hoje, que Alex Schwazer, campeão olímpico de 50 km marcha nos Jogos de Pequim, em 2008, revelou uma segunda análise positiva (testosterona), num controlo realizado de surpresa em meados deste ano.

Alfio Giomi, presidente da Federação Italiana de Atletismo (FIDAL) comentando o facto à imprensa, mostrou-se chocado com a notícia afirmando ainda que “estamos tentando perceber o que se passou”. Por sua vez, Gerhard Branstaetter, o advogado do atleta transalpino, afirmou que a notícia era falsa, estando prevista, ainda para o dia de hoje, uma conferência de imprensa.

Recorde-se que Alex Schwazer regressou à competição em maio deste ano, vencendo os 50 km do Campeonato do Mundo de Nações de Marcha Atlética, prova realizada em Roma, conseguindo os mínimos olímpicos na distância (algumas semanas depois, na Corunha, faria mínimos nos 20 km), depois de uma ausência forçada de 3 anos e 9 meses por EPO, já considerados os três meses suplementares por ter tentado burlar os controlos.

Aos 31 anos de idade, Schwazer, que queria provar que poderia competir livre de meios ilegais, ambicionava participar nos 20 e 50 km marcha do Rio de Janeiro, e era apontado pela imprensa italiana como sério candidato ao ouro olímpico na prova maior, causou polémica ao ser inscrito no Campeonato do Mundo de Nações, com alguns atletas de nomeada, italianos e de outros países, a manifestarem-se contra a possibilidade dele se qualificar para o Rio.

O atleta chegou a afirmar não querer terminar a sua carreira desportiva etiquetado de “dopado”. Passou a treinar-se com Sandro Donati, um técnico conhecido pela sua postura anti-doping, prometendo-lhe nunca mais consumir produtos proibidos. Recentemente, Giovanni Malagó, presidente do Comité Olímpico de Itália (CONI) afirmou confiar no atleta e que este mereceria uma segunda oportunidade, pois pagara pelos seus erros.

Aceda à notícia de hoje na edição digital da «La Gazzetta dello Sport», aqui.