segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Marchadores portugueses para o Rio: ANA CABECINHA, 20 km

Ana Cabecinha. Foto: COP
Ana Isabel Vermelhudo Cabecinha é a mais credenciada das marchadoras portuguesas da atualidade. Nasceu a 29 de abril de 1984 (32 anos), em Santiago Maior, Beja, mas desde muito nova passou a residir em Pechão. Representa o Clube Oriental de Pechão (Olhão) e é treinada por Paulo Murta.

Serão os seus terceiros Jogos Olímpicos. Nos dois anteriores, em 2008 (Pequim) e em 2012 (Londres), foi oitava classificada nos 20 km marcha, posição de finalista que antes apenas outro atleta conseguira: José Pinto, em 1984, nos Jogos de Los Angeles, que marcaram a estreia da marcha portuguesa em Jogos Olímpicos, com o 8.º lugar nos 50 Km.

Ana Cabecinha é a recordista nacional da distância com o tempo de 1.27.46, obtido nos Jogos de Pequim, em 2008, detendo, este ano, a melhor marca de entre as portuguesas - 1.28.40, obtida no Campeonato do Mundo de Nações em Marcha Atlética, realizado em Roma, onde se classificou na sétima posição. No ano passado, nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, realizados em Pequim, obteve o 4.º lugar nos 20 km marcha, a sua melhor classificação em grandes eventos internacionais.

A “O Marchador”, Ana Cabecinha, amavelmente, respondeu às seguintes questões:

1 - Como tudo aconteceu e qual a sua primeira prova?

Tudo aconteceu por um acidente grave que sofri em criança. Vim parar ao atletismo para  recuperar das lesões que sofri na perna e meses depois estava a marchar pela primeira vez.
A minha primeira prova de marcha foi nas Ferreiras, Albufeira, onde terminei em 6.º lugar, a minha primeira medalha quando elas eram ainda pequeninas, e meses depois, na prova de Olhão, venci a minha primeira competição e ganhei a minha primeira taça.

2 - O segredo para o sucesso conquistado?

O meu sucesso tem sido conquistado graças ao treinador, que desde sempre esteve do meu lado e fez de tudo para eu chegar onde estou, e à minha família, que nunca me deixou baixar os braços. Porque sozinha não tinha conseguido chegar onde cheguei, ser teimosa e lutadora só isso, por vezes, não chega.

3 - Quais os objetivos para o Rio de Janeiro?

Os meus objectivos para o Rio de Janeiro passam por lutar por um lugar de finalista, pois estou consciente de que é um ano mais difícil que o normal entrar no top 8, e mais nuns Jogos Olímpicos, em que ninguém falha e todos querem mais e melhor e eu não sou excepção. Mas também não estou obcecada para ser finalista ou ganhar medalhas.