quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Campeonatos da Suíça com triunfos transalpinos

Os vencedores Stefano Chiesa (dorsal 15) e Lidia Barcella (27), nos
20 km, Pietro Zabbeni (14) e Nicole Colombi (26) nos 10 km, e os
campeões suíços Corinne Henchoz e Patrick Gavillet, nos 20 km.
Fotos: Jérôme Genet. Montagem: O Marchador
Tiveram lugar este domingo, em Yverdon-Les-Bains, junto ao magnífico Lago de Neuchatel, os campeonatos da Suíça de marcha, na distância de 20 km, com os títulos nacionais a serem atribuídos aos atletas do CM Cour Lausanne, Patrick Gavillet (M45), nos homens, o terceiro classificado da geral, com a marca de 1.56.16, e Corinne Henchoz (W50), nas senhoras, a segunda classificada, com o tempo de 2.01.22.

Com uma temperatura agradável, a rondar os 15 graus centígrados, a participação de atletas estrangeiros deu um maior colorido à competição, registando-se a presença de atletas de França (8), da Itália (5), e da Bélgica (2). Foram os italianos que mais se evidenciaram, com a vitória a sorrir, na prova masculina, a Stefano Chiesa, sub-23 (ACT Pavia), com o tempo de 1.27.21 e, no setor feminino, a Lidia Barcella, sub-20 (A.Brescia), em 1.47.43.

Nos 10 km, os italianos Pietro Zabbeni, sub-20 (Atletica Brescia), com 44.43 na prova masculina, e Nicole Colombi, sub-18 (Atletica Bracco), com 50.14 na prova feminina superiorizaram-se à concorrência. Notou-se a ausência das mais credenciadas  marchadoras helvéticos da atualidade, as irmãs Polli que, após um processo desgastante de tentativas de obtenção dos mínimos olímpicos, preferiram alongar o período de repouso. O emigrante português Luís Correia, outro dos «habitués» nas primeiras posições das provas helvéticas, não se encontra em bom momento de forma, muito devido a motivos profissionais, com a procura de um novo emprego. Desistiu logo nos primeiros quilómetros da prova dos 20.

Se bem que atualmente a Suíça não esteja na vanguarda da marcha atlética, é um país com história nos Jogos Olímpicos. O atletismo helvético, só à conta desta especialidade, alcançou 4 medalhas, mais que o conjunto de todas as outras. Os Jogos de 1936 (1), 1948 (2), e 1952 (1), foram marcantes com a curiosidade de, em Berlim (1936), Arthur Tell Schwab ter ganho a medalha de prata nos 50 km marcha e, anos mais tarde, o seu filho Fritz ter ido ao pódio nos Jogos de Londres (1948), medalha de bronze, e nos de Helsínquia (1952), medalha de prata, provas então disputadas também na distância de 10.000 metros.

Finalmente, uma referência especial para dois oficiais que integraram a equipa de juízes nos campeonatos suíços: Dominique Ansermet, antigo elemento do painel internacional que, entre outras competições, atuou nos Jogos do Mediterrâneo, em Túnis, e foi assistente do juiz-chefe nos europeus de Zurique, em 2014, e Frédéric Bianchi, membro do painel de especialistas da IAAF e com várias competições de topo no seu currículo, entre as quais a dos Jogos de Pequim, prova na qual exerceu a função de juiz-chefe.

Os resultados completos podem ser consultados aqui.

Uma galeria de fotos de Jérôme Genet pode ser apreciada aqui.

Colaboração: Emmanuel Tardi