quarta-feira, 24 de maio de 2017

Inês Henriques recebeu do CNID o prémio de Atleta do Ano

Inês Henriques e Jorge Vieira, o presidente da FPA.
Foto: Pedro Lemos. Montagem: O Marchador
Inês Henriques, marchadora do Clube de Natação de Rio Maior, treinada por Jorge Miguel, recebeu esta segunda-feira, das mãos de Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, o galardão que a distingue como a Melhor Atleta do Ano, numa cerimónia promovida pelo CNID (Associação de Jornalistas de Desporto), que celebrou o seu 51.º aniversário.

Na cerimónia de entrega dos Prémios CNID 2017, que decorreu no Museu do Desporto, nos Restauradores, em Lisboa, Inês Henriques dividiu o prémio com Patrícia Mamona e Nélson Évora (atletismo), Frederico Morais (surf) e Telma Monteiro (judo).

A atleta ribatejana, que treina nas excelentes instalações do Complexo Desportivo de Rio Maior, estabeleceu este ano o recorde mundial dos 50 km marcha femininos, com a marca de 4.08.26 (aguarda homologação pela IAAF), proeza assinalada no decorrer dos Campeonatos de Portugal de 50 km marcha, que a FPA, voltou a colocar, e muito bem, a distância olímpica no calendário masculino (lamentavelmente suspendeu-a em 2016), tendo-a feito disputar agora, em simultâneo e pela primeira vez, também na vertente feminina.

E é sintomático que seja uma associação de jornalistas desportivos a evidenciar o feito de Inês Henriques, precisamente dando o devido destaque à proeza da atleta olímpica, pelo seu êxito numa distância que recentemente suscitou interrogações de algumas entidades a nível internacional, prontamente rebatidas. Como exemplo da dimensão planetária da disciplina, refira-se que nos 50 km marcha (masculinos) dos Jogos do Rio de Janeiro (2016), os quatro primeiros classificados eram provenientes de quatro continentes (Europa, Oceânia, Ásia e América).

Ainda a propósito da cerimónia, e com a devida vénia, transcrevemos uma peça de Luís Filipe Simões, inserida no jornal “A Bola”:

“Inês Henriques, marchadora do CN Rio Maior, recebeu o prémio de Atleta do Ano e aproveitou para dizer que é importante lutar pela igualdade de género, dizendo que a marcha é exemplo da desigualdade, até pelo facto de só nos masculinos haver, até há pouco tempo, provas de 50 km, o que fazia com que a Campeonatos do Mundo e da Europa, bem como a Jogos Olímpicos, fossem seis homens e apenas três mulheres vencedores na disciplina. E foi graças aos 50 km marcha que deu pontapé na discriminação. Não só fez a prova, como bateu recorde mundial e demonstrou que as mulheres a podem fazer e com excelentes marcas, que não é coisa só de homens…”

As nossas felicitações a Inês Henriques!