segunda-feira, 15 de maio de 2017

Portugal nas Taças da Europa de Marcha (Miskolc – 2005)

A equipa portuguesa no 1.º lugar do pódio em Miskolc-2005.
Foto: arquivo «O Marchador»
Miskolc, na Hungria, foi palco da sexta edição da Taça da Europa de Marcha, e mais uma vez, a seleção de Portugal teve um desempenho muitíssimo positivo com as suas equipas de 50 km masculinos e de 10 km juniores femininos mas, principalmente, com o fantástico desempenho da equipa dos 20 km femininos.

Considerando as posições alcançadas por Portugal em todas as edições da Taça da Europa, o evento de Miskolc constituiu um dos três melhores desempenhos do selecionado luso, tendo em conta uma pontuação elaborada com base nas posições de “finalista” em cada uma das provas.

Realizada sob agradáveis condições atmosféricas e um domínio quase avassalador da Rússia, a seleção feminina de marcha haveria de triunfar naquele que foi o primeiro grande êxito coletivo de uma seleção nacional, no âmbito da disciplina, com Susana Feitor a obter o segundo lugar da classificação geral individual.

Susana Feitor (2.ª), Vera Santos (7.ª), Maribel Gonçalves (16.ª) e Inês Henriques (17.ª) foram as obreiras deste marco que ficará marcado a letras de oiro na história da marcha atlética portuguesa.

Nos 50 km (outra vez uma prestação ao mais elevado nível), com Pedro Martins, António Pereira, Augusto Cardoso e Jorge Costa a contribuírem para o 5.º lugar coletivo e as jovens Fátima Rodrigues e Catarina Godinho, nas juniores, a portarem-se excelentemente, com o 6.º lugar entre 18 equipas.

O português Luís Dias, indicado pela Associação Europeia de Atletismo, foi o Delegado Técnico da competição, tendo ainda integrado o Júri de Apelo, funções relevantes no âmbito da mais importante competição continental de marcha atlética.

Este evento da Taça da Europa de Marcha foi útil (em matéria eminentemente prática) para que tivesse lugar uma nova certificação de juízes internacionais de marcha (painel europeu), promovido pela AE e à qual se associaram os juízes portugueses Ana Toureiro, André Brito, Eduardo Gonçalves, João Pires e José Ganso.

Pedro Martins e os seus comentários:

«Nesta Taça e concretamente no que se refere à estadia, a primeira curiosidade foi um amanhecer demasiado precoce, com a luminosidade a surgir no horizonte logo a partir das primeiras horas da madrugada.

 A nível desportivo, as excelentes classificações individuais e colectivas falam por si, no sentido de mais uma excelente e motivada participação do seleccionado português.

Num percurso com alguns mas ligeiros declives, nada que pudesse comprometer possíveis marcas a obter.

Durante a prova, a avaliação prática da certificação de juízes internacionais fez-se sentir pela presença de um número mais elevado do que o habitual de “observadores”.»